quinta-feira, 31 de julho de 2008

Crônicas I

Saudações, queridos blogueiros e leitores! Traga a Paçoquita e vamos festejar o crescimento da nossa comunidade. Quando eu criei o meu primeiro blog, o Colinas, Colina, Planície (azul-marinho.zip.net), devia ter o quê... uns 3 links? A ferramenta "blog" não era mais uma novidade, contudo, ainda não era levada a sério pela galera. A partir desse ano, a taxa de natalidade de blogs tem crescido exponencialmente, e o mais interessante: os blogueiros estão criando vínculos entre si e formando uma comunidade de leitores fiéis e assíduos. E qual a tendência? Continuarmos escrevendo, pois sabemos que haverá sempre alguém lendo. Que firmezinha! :)

Ter blog e comungar com outros amigos que também tem é massa! (quem não tem, espero que morra de inveja e crie um agora!). Além disso, acho que estimula o pensamento e a capacidade de expressão, intelectualiza o sujeito.

Um aparte... você sabe o que é moquém? Se a resposta for não, eu te conto um segredo, cara - nem eu! Vamos ver:

Moquém para quem não sabe é uma armação feita de varas verdes com fogo embaixo onde se coloca carne de caça para assar com fumaça.

fonte: http://www.jocum.org.br/opiniao.php?materia=198

Caraca, não era mais fácil falar que é uma fogueira com um esquema armado para assar carne? Vamos brincar de faz-de-conta. Ligou uma daquelas simpáticas operadoras de telemarketing na sua casa pra dizer que você ganhou uma viagem pra Amazônia naquela promoção do Pão de Açúcar. Você chega lá, e andando pela floresta com uma galera, se perde e vai parar perto de uma tribo maquiavélica comedora de gente. Tu vês um moquém sinistro com aquela cara de "você vai assar aqui" e começar a trancar. Você pega o rádio e fala: "acuda, tô perdido aqui do lado de um moquém" pra um bando de cara-pálida da cidade que não tem cultura jungleman? Não é mais inteligente dizer: "tá vendo a fumaça? é aqui!"?

Não importa, sempre vai existir um acadêmico sórdido em algum canto inventando palavras como moquém, esfaimar, caninana e aljôfar. São termos ímpares, que não constam muito no vocabulário popular. Se hoje, quando a informação está muito mais acessível, a gente ainda se 'cafunde' com esse rebuscamento todo, imagine o caboclo do século XIX, época em que foi lançado Iracema, obra à qual sou grato por servir de fonte às espetaculares extrações de palavras mirabolantes (valeu!!!). Realmente, literatura é uma coisa excludente...

E *shazzam!*, aqui estamos com os nossos blogs para democratizar um pouquinho mais a informação. Serei sincero, devo reconhecer que a parcela dos brasileiros com acesso à internet ainda é pequena... mas já é um passo adiante. As coisas acontecem em etapas.

Por hoje é só, pois tá na hora de dar um wasa-ari. Vazari, no português bruto ;)

---------------------------

Ah sim! Campanha rapidona para os usuários Blogspot!
Coloquem no blog a nova bagulhinha que inventaram, a lista de links inteligente! Ela mostra os blogs na ordem de atualização, o nome do post e uma palinha dele.

Se todo mundo fizer isso, nossa rede fica mais interessante! ;D

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Que venha o próximo Posto de Queijo!

As férias estão chegando ao fim.

Isso era motivo de velório para mim, nos anos anteriores. É para todo mundo! Mas isso muda quando se está no seu último ano...

Sim, quando a escola terminar, nada mais vai ser como antes. QUE ÓTIMO! A vida é boa em movimento, vocês não acham? :D

Será que por acaso alguém aqui já leu "Quem Mexeu No Meu Queijo?"? É um livro fininho, divertido, e que vale a pena ler. Vou resumir a história, e quem se interessar, procure pelo livro, que não iá se arrepender!

Em um labirinto, viviam dois homenzinhos e dois ratinhos. A vida destas quatro personagens consistia em levantar-se todo dia de manhã, calçar os tênis de corrida e percorrer o labirinto em busca de Queijo, que representava para eles alimento e bem-estar. Certo dia, devassando o labirinto, os dois homens e os camundongos encontraram no Posto Q o que parecia ser um estoque inesgotável de queijo!

Vendo aquilo, os homenzinhos ficaram fascinados. Nos primeiros dias após a descoberta, a rotina era acordar cedo e ir até o Posto Q para conferir se aquela grande montanha de queijo ainda estava lá. Com o passar dos dias, entretanto, eles se habituaram à fartura daquele posto e passaram a se acomodar. Guardaram seus tênis de corrida, agora desnecessários. Acordavam mais tarde, sem pressa, e caminhavam até o Posto Q. Depois de comer queijo à exaustão, voltavam para casa. E assim por diante, todos os dias.

Porém, o mesmo não acontecia com os dois ratinhos. De manhã, os camundongos calçavam seus tênis de corrida e iam até o Posto Q. Depois de restaurarem as forças, percorriam outras áreas do labirinto em busca de novas fontes de queijo, e só ao anoitecer voltavam para casa.

Certo tempo se passou, e os homenzinhos não notaram aquilo que os ratinhos já tinham percebido: o estoque do Posto Q estava chegando ao fim. Os homens acreditavam que tinham encontrado uma fonte infinita, porque há anos que iam lá todos os dias e encontravam queijo em abundância. Porém, um belo, dia... ouviu-se um grito a ecoar por todo o labirinto:

- QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO???

Inconformados, procuraram por todo o Posto Q, crentes que alguém devia ter escondido o queijo. Ao anoitecer, sem terem encontrado nada, os homezinhos voltaram para casa. No dia seguinte, certos de que o queijo tivesse reaparecido, voltaram ao Posto Q, que estava vazio. Gritaram, xingaram, e se revoltaram. Por quê? Para onde tinha ido o queijo que sempre foi deles? Por que tamanha injustiça?

Os camundongos, que nunca deixaram de procurar outras fontes de queijo, ao notarem que o Posto Q estava esgotado, se dirigiram a um outro local, onde sabiam existir outro tanto de queijo.

Os homenzinhos, por sua vez, repetiam todo dia o ritual de ir até o Posto Q para ver se o queijo tinha voltado para lá. E ao verem o local vazio, queixavam-se e diziam-se vítimas de um furto, de um golpe. A fome começava a fazer roncar a barriga. Até que um deles disse ao outro:

- Que tal se procurássemos queijo em outro lugar?
- Imagine! Aqui é o nosso lugar. Nosso queijo! Ele há de voltar, e então nossa vida voltará ao normal!

A discussão rolou, e ao ver que seu amigo continuava resistente, o primeiro homezinho calçou novamente seu tênis de corrida, pela primeira vez em muito tempo, e partiu em busca do queijo novo. E resolveu deixar mensagens nos muros, caso o seu amigo um dia resolvesse seguí-lo.


moral da história: curta o seu "queijo", mas jamais considere-o garantido para o resto da vida a ponto de fechar os olhos e "guardar o tênis de corrida". A vida não corre, voa, então é sempre bom estar de olho no "estoque" e saber a hora de partir em busca do novo.

Assim eu vejo a escola. Tá acabando, mas é uma etapa boa que ficou aí nas páginas viradas do nosso livro da vida. Vem coisas novas por aí, a história precisa continuar; e eu quero receber as novas páginas de braços abertos!

Fui. :)

~~~~~~~~~~~~~~
Galera! Tá aí um novo blog que eu fiz. Ele é...

FIRMEZINHA! ®
Uma novidade para quem gosta de novidades! Sempre trazendo à tona novos livros, bandas, filmes, blogs e o que mais seja interessante e por algum motivo não receba atenção da nossa querida imprensa.

Visite agora mesmo e ainda dê um pitaco! Tá esperando o quê? :)

domingo, 13 de julho de 2008

À medida que o tempo passa...

Aperte o play, relaxe e leia com calma. ;)

 Coldplay - Life in Technicolor









À medida que o tempo passa...


...e apenas à medida que o tempo passa, vamos ganhando a experiência necessária para fazer melhor aquilo que não fizemos como gostaríamos de ter feito.

...já não temos mais tanto medo do fracasso, talvez por já termos falhado outras vezes e termos visto que, no final das contas, o mundo não acabou e estamos aqui, tentando novamente.


À medida que o tempo passa...


...amadurecemos e corremos o risco de nos tornarmos exatamente iguais àqueles que criticávamos tempos atrás. Aqueles lá, que costumávamos dizer que "não sabiam nada".

...descobrimos quem são os verdadeiros heróis. E muitas vezes estes não são os mesmos que aqueles que um dia já tomamos por ídolos.


À medida que o tempo passa...


...adquirimos mais serenidade e já não entramos em desespero quando um problema nos aparece. Nem ficamos tão eufóricos antecipadamente, colocando expectativas altíssimas em tudo e correndo o risco de nos frustramos seriamente.

...vamos deixando de lado as posturas ensaiadas e agindo mais do nosso próprio jeito. E enfim nos sentimos livres, como se tivéssemos nos desvenciliado de pesadas correntes, ao passo que tudo vai se tornando mais fácil e simples.


À medida que o tempo passa...


...descobrimos que o amor é uma lei universal. Não basta amar apenas uma pessoa. Não basta amar apenas aqueles que também nos amam. É preciso amar no infinitivo; viver com amor; colocá-lo em tudo o que fazemos, em cada palavra que dizemos, em cada gesto. E só assim é possível encontrar uma felicidade que não acabe ao final do dia, da festa ou do fim de semana.

...aprendemos a nos amar sem sofrer de inchaço no ego; a ter boa auto-estima sem precisar ficar cantando as próprias qualidades aos quatro ventos; a reconhecermos nossas falhas sem nos sentirmos inferiores e miseráveis.


À medida que o tempo passa...


...percebemos a efemeridade das coisas que o nosso mundo tanto dá valor. Usar apenas roupas de grife, andar em carros de luxo, fazer extravagâncias em festas ou buscar "amores de microondas" (rápidos de fazer, práticos e descartáveis) já não saciam a sede do nosso ser. É preciso algo menos superficial, que traga uma satisfação duradoura e verdadeira.

...vamos encontrando o equilíbrio, e então viver torna-se um prazer imenso e lúcido, uma aventura, uma encantadora possibilidade.

Estas são as minhas reflexões noturnas de domingo, depois de um final de semana maravilhoso.

Abraços do Raul (:

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Fé no Taco

Aos poucos pode ir me soltando, que eu vou caminhando sob meu próprio equilíbrio. Vou abrir os olhos devagar e ir tomando contato com o ambiente a minha volta, concentrado, cuidando para não cair. E no momento em que estiver caminhando com firmeza, vou respirar mais fundo e mirar um alvo na frente, para então ir aumentando a velocidade. Acelerando, a passos largos, quase correndo. Meus braços se erguendo, feito asas, e estendendo-se na linha do horizonte, como a cortar o vento. Cada vez mais veloz, sinto que estou num ritmo mais rápido do que o que os meus pés são capazes de ir, e aos poucos vou deixando de sentir o chão. O sol parece uma bomba de luz e calor, irradiando-se em toda a sua potência, chamuscando de leve a minha pele corada. E eu lá, a planar, à guisa do vento, na direção em que está apontado o meu nariz. Nada mais pode me parar.

Irei pousar em nuvem próxima, carregando você no colo, depois de te buscar naquela rua distante. Vou te sorrir como ninguém te sorriu. Te beijar como ninguém te beijou. Ao cair da noite, catar nas estelas a matéria cósmica e construir uma Lua Minguante para nos servir de rede. No balanço, você dormiria... e quando acordasse, veria que não estava sonhando.