terça-feira, 27 de maio de 2008

Nosso mundo tem solução?

Acho que se meu blog fosse uma criança, eu já teria perdido a guarda dele sob acusação de abandono.
Peço desculpas se por ventura fiz você entrar à toa algumas vezes, saíndo daqui sem encontrar nada de novo. (:

Nesses últimos dias não tem me sobrado tempo para postar. Em vez de escrever idéias, estou o tempo todo colocando em prática aquilo em que eu acredito. Hoje, numa conversa, me disseram que o mundo não tem mais solução. Que por mais que algumas pessoas tenham bons propósitos, tudo depende dos políticos, das empresas, do dinheiro. Ouvi que, na condição que estamos, não podemos fazer nada.

Não concordei. Afirmei acreditar que qualquer pessoa, em qualquer lugar, começando a partir do nada, pode realizar grandes coisas. E ouvi, em seguida, que a minha opinião era de um otimista, enquanto quem me falava era simplesmente realista.

Discordei, novamente. Afinal, "o homem é a medida de todas as coisas" (Protágoras). Uma vez que somos livres para pensar, somos livres para fazer a nossa própria interpretação do mundo. A realidade varia conforme o observador, conforme postula a Física Quântica.

Algumas pessoas têm uma idéia pejorativa a respeito do otimismo. Acham que é uma forma de auto-ilusão. Mas acredito que o ceticismo (descrença) impede as pessoas de agir, pois se você acha que não vai funcionar, acaba nem tentando. Se acomoda, se mantém inerte. E isso resolve ainda menos o problema...

Acredito que o bem é contagiante. Mas que não basta apenas falar, apenas sonhar, apenas querer. Precisa, muitas vezes, fazer enormes sacrifícios, se privar de muita coisa, engolir sapos. Talvez por isso seja mais simples dizer: é impossível.

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sábado, 17 de maio de 2008

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Algo sobre compreensão

Quando eu encontro um tempinho livre e despreocupado, gosto de me sentar para escrever. É uma forma terapêutica de dar vazão ao pensamento, além de ser um exercício para melhorar a minha comunicação. Por isso tenho tanta estima pelo meu blog, e pelos blogs dos meus amigos, que me permitem saber o que eles também estão sentindo. Blogs muitas vezes são um desabafório.

Existe muita coisa (diria até a maioria) que a escola não ensina, e que a gente só aprende mesmo prestando atenção na vida. Uma das que eu aprendi, nesse tempo todo, é que o estado de espírito de um contagia muitos. Desde então, tomo cuidado para que o meu ego, muitas vezes carente, não se atole no lodaçal da melancolia, contaminando quem eu mais amo e quero bem. Aprendi que a gente precisa ser feliz.

Desde então, adotei um pequeno ritual para escrever. Quando a dor de cotovelo aparece para um café, eu acabo sendo um pouco mal-educado e não a convidando para entrar. Converso com ela a sós, pela porta dos fundos, e logo me despeço, alegando outros compromissos. Tirando a metáfora de lado, isso quer dizer que eu escrevo minhas tolices necessárias em um caderno, que eu guardo aqui em casa. Porque escrever e publicar é coisa séria.

Para ir para o blog, o texto precisa passar no vestibular. Algo como as três peneiras, de Sócrates. Bem, é verdade que às vezes um ou outro faz a prova no chute e passa, como o texto anterior a esse. Mas em geral, eu penso da seguinte maneira: vamos equilibrar o mundo.

Já estamos carecas de ouvir a teoria de que para haver harmonia é preciso balancear o bem e o mal, e eu sei lá se concordo com isso. Mas de qualquer forma, mesmo que isso esteja certo, dá pra sentir que essa balança tem estado capenga ultimamente. As coisas positivas estão igual a torcida do Francisco Beltrão F. C. (alguém já ouviu falar deste time?), pulando alegremente em um canto do Maracanã, gritando alguma coisa que ninguém ouve direito, porque 99 em 100 cadeiras do estádio estão ocupadas por flamenguistas roxos e vibrantes.

(não estou associando o Flamengo às coisas negativas, por favor, só quis dar um exemplo. Não entendo de futebol.)

Fico besta de ver o mar de gente na porta do 13° DP, esperando a viatura chegar ou sair com o pai e a madrasta de Isabella. Mar de gente que espera horas para protestar e demonstrar indignação; tem gente que até falta no serviço para fazer isso. Oxalá, quem dera a galera tivesse esse pique todo para ficar na porta do Congresso Nacional, exigindo mais comprometimento dos "homens públicos" com suas promessas de campanha; na Avenida Paulista, em marcha pela conscientização ambiental; onde fosse, mas fazendo algo pelo seu próximo.

Se você concorda com o que eu disse, por favor, não se omita. Vamos, com muito prazer, nos levantar todos os dias com o ideal de vestir a camisa do Francisco Beltrão F.C. (no sentido metafórico ali de cima), ideal de fazer tudo diferente; de contestar a sociedade vigente de um modo inteligente: fazendo com sabedoria aquilo que deve ser feito e por algum motivo não é. Sejamos também "agentes modificadores", confeteando alegria por onde passarmos. Confeteando honestidade, confeteando compreensão.

Venha, você não está sozinho.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

No Piloto Automático

Tô por aí, mais uma vez.

Em busca de sei lá o quê, mas sempre em busca.

Ouvindo o vazio dos corações que buscam algo onde não há nada além de vácuo.

Lembrando de quem me esqueceu para esquecer quem não para de pensar em mim por um minuto sequer.

Fazendo meu próprio carnaval sem ninguém pra me jogar confete. Que beleza; estou me sentindo um espírito evoluído assim. Conseguindo ser feliz sem confete.

Muito longe das peripécias que tramei. Meus sonhos todos ainda na casca da árvore que fornecerá a celulose para a Aracruz ou a Nobrecell fazerem o papel, e aí sim nele colocar algum projeto. Quanta distância;

Calminho. Overdosado de suco de maracujá.

(A gente acumula um monte de dinheiro pra fazer volume no banco. A gente acumula um monte de nomes na lista de contatos do MSN pra, quando entrar, precisar procurar alguém pra conversar. Afinal, conversamos com tão poucos. E seria tão chato entrar e não ver ninguém.
Do mesmo jeito que vamos a uma festa e não falamos com todo mundo; mas não iríamos lá se só tivesse meia dúzia de caras-pálidas. )

Estou no piloto automático. Estrada reta dá sono...
Será que na faculdade a vida vai tomar caminhos mais sinuosos?

Nem que seja para passar algum perrengue; furar um pneu, acabar a gasolina, enfim.
Alguma coisa. Quero ter o que fazer...

Fiquem com Deus.

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Dicionário dos Marcadores:
/entrelinhas: mensagens não-explicitadas. enigmas.
/estetoscópio: instrumento através do qual se escuta o coração de uma pessoa.