sábado, 22 de agosto de 2009

vida, eu te quero




quero me perder
na abundância azul do céu
e, caso ele resolva estar cinza,
abro os braços, entregue à chuva

quero me deitar na relva
e sentir a coceira da grama
ser picado por formigas, quiçá
sujar a roupa de terra

quero as crianças sapecas
que nunca se cansam de brincar
fazem cabana, quebram vaso
e se rabiscam de canetinha

quero conhecer as árvores
chamar os pássaros pelo nome
deixar meus passos no barro
e minha cantiga no vento

e a tua companhia,
que acalma e traz alegria,
quero-a todos os dias

é querer muito? :)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A Visita

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-j7PtZIz_hHj198FUSjTB1vxbRQgcewupV4FtopWOSi2h8MRGQsz7v2AUs5TBnOVfVdQsEQb70wFH6zffWAv51c4Sfs1ULE_Rv2iVJKgzKfEOWxnpgMCkPUxNH74MHkGIPy0j-LUEqLM/s400/auntie_uncle.jpg

Um pacote novinho de bolacha
a esperar, na mesa preparadíssima

E a visita ali na sala, proseando.
Um ronco grosseiro
marca as horas no meu estômago
Minha mãe ficaria brava se eu o abrisse?
Talvez...

E quando eu vi, arrancara a fita abridora.
Visitas nunca se atrevem a inaugurar alimento alheio mesmo.
Ainda vai me agradecer a iniciativa!